segunda-feira, 14 de julho de 2014

Voltei, voltei!

E o prometido é devido. Aqui estou eu para partilhar o que se viveu no Alive, que antes era Optimus e agora é NOS. Há quem diga que só o nome mudou, eu cá diria que isso depende da perspectiva. Há de facto algumas diferenças entre os anos anteriores e este a começar pelo cartaz.

Dia 10
The Lumineers
Subiram ao palco NOS e animaram quem chegava ao recinto. Ficou claro que a banda não vive apenas do sucesso "Ho Hey", o que se notou, claramente, quando com o público a entoar outros temas os temas apresentados pela banda, nomeadamente "Submarines", "Classy Girls" e "Elouise". Um concerto agradável num ambiente descontraído.

Imagine Dragons
O quarteto oriundo de Las Vegas, provavelmente vizinhos dos The Killers, subiram ao palco ainda de dia, pois o sol só partiu por voltas das 21:00. Esta banda, que ficou conhecida pela música "On Top of the World" que com toda a certeza muitos de vós ouviram na rádio vezes sem conta. A minha favorita, "Radioactive" fez parte do reportório deste concerto que ficou dentro do espectável, para a categoria onde foi encaixado.

Interpol
No dia 05 de Julho de 2007, no Parque Tejo, tive a oportunidade de ver ao vivo, primeira vez, os Interpol. Fiquei maravilhada e jurei voltar a repetir a experiência. Mais tarde, em 2010, falhei a oportunidade de os ver no Campo Pequeno. Não fui por falta de companhia. Assim que soube que estavam confirmada a sua presença no Alive, vibrei de emoção. E no palco, ouviu-se de tudo um pouco, de cada um dos cinco álbuns. Rever Interpol no palco foi maravilhoso. Esta sim, uma banda digna de um Alive.

Arctic Monkeys
Cabeça de cartaz do primeiro dia, sétimo concerto em Portugal e o segundo que assisti. Infelizmente, devido a um pequeno problema, não tive a oportunidade de gozar em pleno a actuação da banda em palco, foi mais o que ouvi do que o que vi. Ainda assim, não me deixaram ficar mal, pois é uma das minhas bandas de eleição. Mesmo longe do palco NOS, tive oportunidade de ouvir algumas das minhas favoritas "Dancing Shoes", "My Propeller" e do último álbum AM, "One For The Road", "I Wanna Be Yours", "R U Mine". Mais uma banda digna de um Alive.

Dia 11
MGMT
O segundo dia do Alive não podia ser pior, pelo menos na minha opinião. A começar pela dupla Benjamin Goldwasser e Andrew VanWyngarden. Eu cá, não os conhecia de parte alguma, mas dei o benefício da dúvida e posicionei-me no sitio de sempre, para os poder admirar e tirar as minhas próprias conclusões. Resumindo: Na minha opinião, poderiam ter ficado no palco secundário. Não são a minha praia.

The Black Keys
Fiquei sem perceber se estes eram os cabeça de cartaz deste segundo dia, pois actuaram antes de Buraka que encerrou o palco NOS. Sendo ou não, a verdade é que esta banda americana de blues-rock não me atrai. Durante os dois últimos meses, ouvi os dois últimos álbuns El Camino e Turn Blue no meu MP3, a ver se me identificava com a banda, mas a verdade é que não faz de todo o meu género. Ainda assim, pelo que senti à minha volta, para os apreciadores do género a banda portou-se bem em palco.


Buraka Som Sistema
E quem não conhece a famosa banda portuguesa, nascida e criada na Amadora, fundadora do novo som electrónico Kuduro Progressivo. Eu não sou fã do Kuduro e muito menos do progressivo...Não abandonei o recinto, porque sempre ouvi dizer que o que é nacional é bom e até reconheço o mérito deste trio, do esforço e empenho, mas daí até curtir este som...naaaaa, não é mesmo a minha praia. Nem mesmo quando Blaya gritou a plenos pulmões "a Buraka é dona do terreno!" e toda a gente pulou de alegria. A minha alegria estava noutras "bandas", se é que me entendem.

Dia 12

The Black Mamba
E chegamos ao terceiro e último dia abrindo as hostilidades, a quem chegava o recinto por aquela hora, mais uma banda nacional. O trio formato por Pedro Tatanka, Ciro Cruz e Miguel Casais proporcionaram-nos um concerto cheio de soul e boa vibe. Uma das grandes surpresas deste Alive.


Bastille
Nomeados para os prémios ingleses BRIT, em quatro categorias: Melhor Artista Revelação, Melhor Banda, Melhor Álbum e Melhor Single. Para mim, foi também uma das bandas revelação deste ano e o albúm, Bad Blood, editado em Março do ano passado, tem sido uma companhia constante no meu MP3. A banda liderada por Dan Smith tornou populares os temas "Flaws", "Icarus" e "Laura Palmer", aos quais ninguém ficou indiferente. No recinto, toda a gente saltava, de braços no ar, cantando os refrões. Elas, mais eufóricas que eles, já que em palco, a presença do Dan era, inevitavelmente, contagiante. O desfecho não foi o merecido, pelo facto de o som ter falhado na última música do alinhamento, supostamente a mais conhecida da banda "Pompeii". O som falhou uma primeira vez e Dan continuou a cantar no vazio, o som voltou mas falhou novamente segundos depois...uma e outra vez. O vocalista despediu-se dizendo: This is all fucked up! Uma pena...


Foster The People
Mais uma das minhas grandes interrogações deste cartaz. Uma boys band com menos de uma mão cheia de músicas dançáveis em que o suposto hit é "Pumped Up Kicks". Não sabia se me havia de rir ou se havia de chorar. Na minha opinião, uma escolha terrível para o palco principal.


The Libertines
Uma banda inglesa de indie rock formada por Carl Barât e Pete Doherty,John Hassall e Gary Powell, dos quais só conhecia Pete e não pela sua música mas sim pela polémica relação que teve com a modelo Kate Moss. Não me encantaram. O som instrumental parecia estar mais alto do que o das vozes, por isso, mal se percebi o que cantavam, ou talvez fosse essa mesmo a intenção, já que a banda tem o rótulos de "janados" de primeira. A mim, não me convenceu nem agradou.

..."...

O Alive deste ano, ficou marcado pelas toneladas de calções de ganga que se passeavam pelo recinto, pelas inúmeras selfies que eram tiradas a cada segundo, pelo baile de máscaras que parece crescer de ano para ano. Este ano, não foi o festival da música do qual estou habituada. Esta, ficou em segundo plano, com um cartaz medíocre e muito mal distribuído pelos três dias.

Depois do quinto ano consecutivo a marcar presença neste festival, questiono-me em relação ao próximo ano. Ou o cartaz melhora, significativamente, ou não estarei lá para o ano.

8 comentários:

  1. A repetição em eventos por vezes é enfadonha, justamente por tornar-se tudo um enorme dejavú. Em relação aos detalhes que falaste é mesmo igual por aqui, shortinhos jeans (cações de ganga), selfies, as fantasias, enfim, a turma se diverte e é muito bom. Espetáculo a parte, o da platéia, os atros por vezes deixam a desejar.

    Beijos e obrigada pelo carinho das palavras, que fazem diferença. Estou em recuperação.

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    1. É o show da vida! :)
      Beijinhos e as melhoras.

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  2. Isso sim, um grande festival!!

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  3. Arctic Monkeys, Black Keys e The Black Mamba, são os meus eleitos ;))))
    Fui ao Alive há 2 anos atrás da Florence que cancelou umas semanas antes... talvez pela deceção, não vivi aquilo como devia e nunca mais voltei e só se alguma banda me disser muito é que lá irei ;)))

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    1. Sim, estive lá também e fiquei super desiludida. A Florence devia ter voltado logo no ano seguinte, mas pelo que vejo não deve vir tão cedo :(

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  4. Mas foste os dias todos?

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    1. Dora,
      Claro! Compro sempre o passe de três dias.

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