terça-feira, 29 de abril de 2014

Dicas de Dublin


E tal como prometido, aqui ficam as dicas da minha última viagem.

Meteorologia
Fui a Dublin em Abril, felizmente não choveu, mas era provável que tivesse acontecido. As temperaturas variam entre 6 a 13 graus. O vento, quando forte, era capaz de nos fazer congelar até à alma, mas nos dias de sol, até se andava bem pelas ruas da capital.

Moeda
Euro, euro, euro! Viva a Europa. Ainda assim, levei dinheiro de Portugal para não ter que andar por lá a fazer levantamentos. Só usei o cartão para pagar o hostel.

Idioma
Em Dublin, todas as placas informativas têm indicações em Inglês e em Gaélico (língua original da ilha antes de ser invadida pelos ingleses).

Do aeroporto para Dublin
Comprámos o bilhete de autocarro Aircoach no avião. Na Ryanair, durante o dutty free, as hospedeiras também já vendem bilhetes de autocarro e raspadinhas (sim, raspadinhas!!!). Ficou 1€ mais barato do que na bilheteira do Aeroporto onde cobram 7,00€. Os autocarros partem de meia em meia hora e para além de confortáveis, têm wi-fi disponível no seu interior.A viagem até à capital dura cerca de 30 a 40 minutos e têm vários pontos de descida. Já na capital, é só escolher o que fica mais perto do vosso alojamento. Nós, ficámos mesmo à porta do hostel na D'Olier Street.

Onde ficar
Para que a viagem fosse mesmo low cost, optámos por um hostel. O Ashfield House Hostel fica muito perto da O’Connell Street, mais central seria impossível. Do hostel posso dizer que a favor tem a localização, a equipa, e os espaços em comum, nomeadamente a cozinha que todos podíamos usar (respeitando algumas regras, claro) e a sala de convívio. Contra, o tamanho do quarto e a limpeza deste e da casa de banho. Não se pode ter tudo, não é? A verdade é que ficou por 16,00 € a diária que ainda incluía pequeno almoço (...um destes dias volto a este tema).
O’Connell Street
Mesmo no coração de Dublin, esta é a mais larga rua urbana da Europa, identificada pela lança metálica que parece querer chegar aos céus. É impossível não passar por esta rua.Situada a Norte do Rio Liffey, através dela chegamos rapidamente à Westmoreland Street, College Green e Dame Street, e por fim à City Hall e ao Dublin Castle.

Dublin Castle
A entrada no Castelo é paga, mas tudo o que fica em torno do mesmo têm acesso gratuito, por isso, não chegamos a ir lá dentro. A visita à Capela Real, à biblioteca Chester Beatty e aos museus é de acesso livre, há que aproveitar. Um bom local para tirar fotografias.

St. Stephen’s Green
É um jardim maravilhoso, principalmente se tiverem a sorte de o visitar nesta altura, pois estamos na estação das flores. Nós, tivemos a sorte de nos calhar um dia de Sol, que embora não estivesse calor, tornou o passeio ainda mais agradável.

Merrion Square
Também um jardim, mas este menos famoso que o anterior. A maioria dos visitantes destes parque chega com um propósito claro, encontrar a estátua Oscar Wilde. Ninguém resiste em tirar uma fotografia com o escritor e dramaturgo, que morou no nº 1 da Merrion Square. Eu não tirei uma fotografia com ele, mas não deixei de o trazer comigo no formato jpg.

Christ Church Cathedral
É a catedral mais antiga de Dublin, localizada no coração da antiga Dublin Medieval. É mais um local magnífico para tirar fotografias do jardim envolvente. A visitar ao seu interior tem um custo de 6,00€ e dá também acesso à cripta. Porém, se forem visitar a Dublinia (menciono mais á frente), o bilhete de entrada dá também acesso a esta Igreja.

Dublinia
É um género de parque temático, situado no centro da cidade. A exposição está dividida em três níveis, no primeiro o mundo Viking, no segundo a Irlanda Medieval e no terceiro Caçadores de História (History Hunters), todos eles explorando hábitos e costumes através de réplicas, bonecos e reconstruções. A entrada custa 6,00€ e a visita é auto-guiada. Durante cerca de 1 hora e, seguindo o sentido único da exposição, podemos tocar nos objectos, sentir texturas, assistir aos vídeos, ler os painéis com enigmas, e até tirar fotografias vestidos de viking. Dei por mim a raspar carvão numa folha de papel para tirar dali o meu nome em runas. Eu, e uma fila enorme de putos que estava atrás de mim eh eh.

Museu Nacional de Arqueologia
É gratuito, estou lá! E o que é que se pode ver por aqui? A exposição permanente tem:
- A maior colecção de artefactos de ouro da Europa Ocidental
- Exemplos de objectos de metal da Era do Ferro Celta
- Colecção medieval de objectos e jóias eclesiásticos
- Exposição Vida e Morte no Mundo Romano
- Exposição Egipto Antigo
- Exposição Irlanda Viking
- Exposição Irlanda Pré-histórica
Vale bem a pena, acreditem!

National Gallery
Mais um passeio cultural,mais uma borla. Por aqui também não nos cobraram nada. Pertinho do parque Merrion Square e do parque St Stephen´s Green e da Grafton Street, a galeria possui mais de 15 mil obras, entre esculturas, pinturas e objectos de arte, que datam do início do século XIII até meados do século XX. Fiquei maravilhada com a colecção de pinturas de artistas irlandeses, italianos, ingleses, holandeses e franceses.

Temple Bar
É uma zona de Dublin que ainda preserva o estilo medieval nas suas ruas estreitas e empedradas. É um género de Bairro Alto, pelo que é o local ideal para passear ao final da tarde e admirar os vários pubs e restaurantes da capital. Por aqui também se encontram centros culturais como o Photography Centre, o Irish Film Institute e o Projects Arts Centre.

Grafton Street
E ainda em modo de comparação, eu diria que esta é a Rua Augusta de Dublin. Uma rua pedonal, ideal para quem quer fazer umas compras. Localizada entre o parque St Stephen´s Green e a Trinity College, esta rua, super movimentada, tem de tudo um pouco, entre lojas de marca, lojas de souvenirs e até artistas de rua. No final da rua também têm um Centro Comercial de Stephen´s Green, no entanto, se a vossa intenção for utilizar os lavabos, ficam já avisados para levar a carteira já que se paga 1,00€ para os utilizar.

Cliffs of Moher
Considerado uma das maiores atracções da Irlanda e seguramente uma das maravilhas deste nosso pequeno mundo, os Cliffs of Moher são um conjunto de penhascos lindíssimos que se estendem por 8 quilómetros. A formação geológica é surpreendente e, é possível, ver as diferentes marcas feitas por velhos canais fluviais por toda a encosta e as marcas mais antigas contam com mais de 300 milhões de anos. O ponto mais alto fica a 214 metros de altura do mar. É um local, conhecido internacionalmente, por abrigar diversas espécies de pássaros marítimos, em especial o Puffin. Os Cliffs of Moher têm mais de 200 hectares protegidos por leis da União Europeia, o que demonstra a sua importância.
E como chegar até lá? É só passar no no Dublin Tourism Office (na O’Connell Street ou na Suffolk Street) e consultar os folhetos de “1 Day tours”. Existe mais do que uma empresa de turismo, mas os autocarros partem todos da mesma zona da cidade e quase à mesma hora. Como comprámos os bilhetes no hostel, fomos na WildRoverTours e os bilhetes ficaram por 45,00€ por pessoa. Parece caro, mas compensa. Fizemos cerca de 700 Km e tivemos oportunidade de conhecer um pouco mais da Irlanda e da sua história. Sugiro vivamente que não percam a oportunidade.

Não cheguei a ir à Guinness Storage House. Há quem diga que ir a Dublin e não visitar a Guinness é como ir a Roma e não ver o Papa, mas a verdade é que tivemos de estabelecer prioridades. O ingresso é caro (17,00€) e acabámos por preferir gastar o dinheiro da entrada num belo de um jantar no Hard Rock de Dublin, com direito a cerveja e tudo.

Notas adicionais mas igualmente importantes:
Como não se paga para visitar Museus, mas paga-se para visitar Igrejas, por isso, as igrejas ficaram a perder.
As tomadas são de 3 pinos e 2220/240 volts, por isso, é imprescindível levar um adaptador.
Atenção aos horários dos locais de visita, pois ao domingo, a maioria dos Museus só abre de tarde. 

E pronto, é isto!
E para ver o resto das fotografias é só clicar aqui.

terça-feira, 22 de abril de 2014

...a meio gás....

Voltei, voltei, mas ainda não estou a 100%. Trouxe de Irlanda uma gripe brutal e tenho andado enrolada com pacotes e pacotes de lenços de papel. Têm sido um namoro que nem imaginam. O meu nariz está feito num oito, já não há creme que o cuide.

Já passei a ronda aos meus locais de leitura favoritos mas, confesso, que ainda tenho muito para ler. Quanto às dicas da viagem, a ver se consigo partilhar até ao final desta semana.

Até lá...vou fungando...e namorando com os lenços de papel.

domingo, 13 de abril de 2014

90 Primaveras de uma Perpétua avó


Nascida em terras ribatejanas, nas Portas-do-Sol, na ponta de uma Europa que vivia as ainda as consequências da 1º guerra mundial.
Foi criada por um pai babado, que lhe cedia aos caprichos de criança, já que sua mãe, partiu cedo deixando a Perpétua ainda pequena, com pouco mais de 4 anos. Estudou até à 4º classe e fez o exame final em ponto cruz. Gostava de estudar, mas seu pai dizia que lugar de mulher era em casa, a fazer a lida doméstica. Menina e moça, enamorou-se por um alfacinha de gema, que estava na altura em terras escalabitanas. Amor proibido que a fez largar tudo e fugir para Lisboa. Amor esse, que viria a ser o pai dos seus 3 filhos, um deles o meu pai. Aos quarenta e poucos anos enviuvou, mas não perdeu a força. Dos filhos, recebeu 6 netos e 5 bisnetos. Não teve uma vida fácil, mas teve a vida que escolheu e diz que não se arrepende, nem por um minuto. A minha avó é a melhor avó do mundo.

Parabéns pelas tuas 90 Primaveras, 37 das quais tive o prazer de estar perto de ti. Embora não esteja contigo hoje, tenho o privilégio de estar perto de ti o ano inteiro e este é apenas mais um dos muitos que vamos continuar a partilhar.

Post agendado.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

E hoje é como se fosse sexta!

Sim, foi isso mesmo que leram. Hoje, para mim, é sexta. Vou de fim de semana mais cedo. Amanhã é dia de festa, com uma reunião familiar e sábado é dia de zarpar rumo a terras irlandesas! Há coisas fantásticas não há?

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Elvive Fibralogy |3|


E depois de duas semanas e meia de utilização há que dizer que os resultados são visíveis. O cabelo ralo, sem brilho, sem força, tem os dias contados. Agora, sou dona de uma senhora juba. Uso o shampoo todos os dias, o amaciador dia sim dia não e a máscara uma vez por semana. O intensificador, usei até ao fim, pena que só deu para cinco utilizações.

Resumindo e concluindo. 
Estou satisfeita com o que esta gama oferece.

E tu? Queres ser um youzzer™? 
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segunda-feira, 7 de abril de 2014

E hoje é só isto...


"Não se é líder batendo na cabeça das pessoas - isso é ataque, não é liderança."
Dwight Eisenhower

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Olhar cinematográfico |54|


Compliance (2012) 07/10«

"Becky e Sandra não são as melhores amigas. Sandra é uma gerente de meia-idade num restaurante de fast-food, Becky é uma jovem que trabalha ao balcão e que precisa mesmo do emprego. Num dia agitado - clientes a mais, bacon a menos -, um polícia liga a acusar Becky de ter tirado dinheiro da mala de uma cliente, facto que ela nega veementemente. Sandra, dominada pelas suas responsabilidades de gerente, cumpre as ordens dadas para deter Becky. Esta escolha dá inicio a um pesadelo que esbate tragicamente as fronteiras entre conveniência e prudência, legalidade e razão."

Embora este filme, embora seja relativamente recente, ainda não tinha chegado ao meu conhecimento, até que o encontrar num dos blogs que acompanho (tinha a certeza que tinha sido no da Dora, mas parece que estou enganada...e não me consigo lembrar onde onde...). Chamou-me à atenção porque já conhecia a actriz Dreama Walker da série Don´t Trust the B---- in Apartmant 23, que gosto bastante, e pelo facto de ser baseado em factos reais, que também é um dos meus géneros favoritos. Dizem que o cineasta Craig Zobel se baseou em estudos sobre o comportamento humano, que indicam que duas em cada três pessoas se submeteriam a fazer coisas que iriam contra os seus princípios, se forçadas por alguma tipo de autoridade.

Pois que apanhei uma camada de nervos que nem vos digo. É difícil falar sobre um filme sem querer estragar o elemento surpresa, mas esta história tirou-me do sério.
Fica a sugestão.

Boa sexta-feira! ;)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Ser solidário ou parecer solidário...


Esta coisa da solidariedade tem muito que se lhe diga. Há peditórios para tudo e mais alguma coisas. Para o Manel, para a Maria, para o cão e o gato. Toda a gente pede por causas nobres. E se uma pessoa diz que não ainda recebe um olhar acusatório. Só somos boas pessoas se contribuirmos para a tal causa nobre.

Mesmo sabendo que a minha opinião pode ser um pouco radical, tenho que deixar claro que não acredito em metade das acções que andam por ai. E porquê? Porque tenho tido algumas provas, ao longo do tempo, de que algumas destas acções são puras patranhas. Atenção que eu disse algumas!

Descobri mais uma onda de solidariedade que serve para encher a dispensa de quem a divulga. Supostamente, diz que é para dar aos pobres, mas a verdade é que se descobriu que os bens doados não chegavam a sair da dispensa da senhora, que consumia uma boa parte dos alimentos e vendia outros bens materiais, também doados, em sites tipos OLX e Custo Justo. É de revoltar os fígados.

Não é que eu não seja uma pessoa solidária. Faço o que posso, mas não deixo por mãos alheias, prefiro ir directamente ao consumidor. Andei quase dois anos, na rua, de madrugada, a distribuir refeições aos sem abrigo. Participei em alguns almoços de Natal para os sem abrigo. Doei todo o enxoval de bebé e criança (coisas que a minha filha já não usava), a pessoas carenciadas com filhos. Doei, não vendi no OLX... E sempre que posso, dou bens alimentares aos sem abrigo que dormem nas ruas da Baixa.

E se fosse necessário mais exemplo de um acto de boa fé, dou-vos o exemplo do que estou a fazer esta semana. O meu prédio tem pelo menos 4 andares com pessoas idosas que vivem sozinhas. Pessoas que parece que só têm família no dia 10 do mês, quando recebem a pensão. Estão abandonadas o ano inteiro, a não ser no dia em que chega o pouco que recebem ao mês, depois de uma vida inteira de trabalho. Quem é que faz o IRS desta gente, quem é? Je! Na primeira semana de Abril, os meus serões são a confirmar "paletes" de facturas de farmácia e a preencher os impressos on-line para ajudar a vizinhança. E atenção, não cobro nada por isso. Para mim, é uma ajuda preciosa, uma vez que os filhos e os netos nem sequer se ralam com isso, e há muito boa gente que cobra para fazer este tipo de serviço.

Por isso, reforço...a solidariedade tem muito que se lhe diga.

Imagem retirada da net