Na passada quarta-feira, durante uma aula de Educação Física, a minha filha caiu e partiu o pulso esquerdo. Foi submetida a uma pequena cirurgia e agora está a recuperar do susto, enquanto se mentaliza que vai ter de conviver com o gesso durante 4 semana (no minimo).
Imaginem o seguinte cenário:
A B cai durante uma aula de Educação Física. A queda faz com que todo o peso do corpo seja suportado pelo pulso. Ela levanta-se e diz ter dores. O professor ignora. Ela insiste com dores e o professor diz para ela ir ao Posto Médico, acompanhada de uma colega. No Posto Médico, é recebida por uma auxiliar que desvaloriza a dor que a minha filha diz ter e dá-lhe gelo durante uns minutos. Como a dor não passa, a auxiliar coloca uma ligadura no pulso da B e pergunta-lhe se está alguém em casa? Atordoada com dores, a minha filha diz que a mãe está a trabalhar mas que o avô está em casa. A auxiliar diz, então liga-lhe para te vir buscar.
WTF!!!
Bom, vamos por pontos para ver se estou a raciocinar bem.
1) Se a menor cai durante uma aula de Educação Física e se magoa, o professor de Educação Física não deveria aferir a gravidade da situação?
2) Faz sentido a menor ser acompanhada por outra colega ao Posto Médico?
3) Que formação médica tem a auxiliar para diagnosticar o resultado do acidente? Deveria ela ter colocado a ligadura?
4) Para que serve a indicação de quem chamar em caso de acidente na Caderneta do Aluno, se depois é a menor que decide quem se deve chamar?
Sou eu que estou a ser muito picuinhas ou há por aqui alguma negligência?
Resultado? O meu pai foi buscar a B à escola, achando que era apenas um arranhão e levou-a para casa. Como as dores continuavam, ligou-me a dizer que ia levar a neta ao Hospital. Quando chegámos ao Hospital, a médica retirou a ligadura e percebermos que embora não houvesse fractura exposta, dava para perceber uma deformação no pulso que indicava que era mais grave do que se supunha. Depois do raio x não restavam dúvidas, a B tinha o pulso partido. Foi internada no final da tarde e operada por voltas das 20h00, tendo que ficar internada nessa noite. Só teve alta no dia seguinte.
No meio de tudo isto e visto que não foi accionado o Seguro de Acidentes Escolares, este tema ainda vai dar água pela barba, por isso, para já estes são os meus livros de mesa de cabeceira - Portaria 413/99 de 8/6 (Regulamento do Seguro Escolar)