Quem conhece Lisboa, conhece certamente o Arco da Rua Augusta, situado a Norte da Praça do Comercio - Terreiro do Paço, na Rua Augusta. A sua construção começou vinte anos depois do Terramoto de 1755, porém, não terá sido a versão final já que terá sido demolida em 1777 durante o reinado de D. Maria I e após a demissão do Marquês de Pombal.
Em 1873 recomeça a edificação do arco pelas mãos do arquiteto Veríssimo José da Costa, entre 1843 e 1844, ficando concluída a obra em 1875.
A maior parte de nós, passa, olha o monumento, mas não reconhece ou desconhece as esculturas que fazem parte deste Arco Triunfal. No topo, as esculturas de Célestin Anatole Calmels, a Glória coroando o Génio e o Valor. Em baixo, as esculturas de Vítor Bastos que representam, Nuno Álvares Pereira, Viriato, Vasco da Gama e o Marquês de Pombal. De cada um dos lados, contamos ainda com a representação física dos dois rios, O Tejo e o Douro que delimitam a região Lusitana.
Para os olhares mais atentos, há também um texto no topo do arco
VIRTVTIBVS MAIORVM VT SIT OMNIBVS DOCVMENTO.PPD, que quer dizer: “Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas”.
Não se conhece muito de Viriato, há até quem diga que ele era mais “espanhol” do que luso. Sem se saber ao certo o seu local de nascimento e tendo por referência a narrativa feita pelo historiador grego Diodoro da Sicília, que mencionava que descendia “das tribos lusitanas que habitavam do lado do oceano”, não podemos afirmar com toda a certeza que era português, só porque já passeava nas praias da, que um dia viria a ser, a Costa Portuguesa. Talvez um portuganhol. Conhecido entre os Romanos, Viriato era o protector da Hispânia.
Vasco da Gama foi O GRANDE navegador e explorador português. Na Era dos Descobrimentos, destacou-se por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar da Europa para a Índia, na mais longa viagem oceânica até então realizada, superior a uma volta completa ao mundo pelo Equador. No fim da vida foi, por um breve período, Vice-Rei da Índia.
Hoje, tem para além de muitas estátuas, um Centro Comercial com o seu nome (lol).
Marquês de Pombal ou…para os amigos Sebastião José de Carvalho e Melo. Durante o reinado de D. José I foi Secretário de Estado do Reino (função semelhante a um Primeiro Ministro nos dias de hoje), sendo uma das figuras mais controversas e carismáticas da nossa História, amado por uns e odiado por outros. Aproveito para referir que faço parte dos que são a seu favor.
Muito conhecido pelo seu papel na renovação arquitectónica da cidade de Lisboa depois do terramoto de 1755, pelo Processo dos Távora e pela expulsão dos Jesuítas e as suas colónias. No cimo da Avenida da Liberdade, está a mais conhecida homenagem ao Marquês de Pombal a famosa estátua central que na época de jogos é antecipadamente reservada por adeptos mais fervorosos.
D. Nuno Álvares Pereira, também conhecido como o Santo Condestável, ou mesmo para alguns Nun' Álvares foi um nobre e guerreiro português, do Sec. XIV, que desempenhou um papel fundamental na crise de 1383-1385 onde Portugal jogou a sua independência contra Castela (para quem já não se recorda, foi um período de guerra civil e anarquia, também conhecido como Interregno, uma vez que não existia rei no poder, pelo que a crise começou com a morte do Rei Fernando de Portugal sem herdeiros masculinos). Foi considerado o maior guerreiro português de sempre e um génio militar pois comandou forças em número inferior ao inimigo e venceu todas as batalhas que travou, tornando-se patrono da infantaria portuguesa.
Aproveito para partilhar convosco as fotografias que tirei ao espectáculo audio-visual que decorreu durante a primeira quinzena de Agosto.
Nota: A TAG diz que é para totós apenas porque o conteúdo do post é simples, não porque quem é lê o é!
Só para não haver dúvidas.