quarta-feira, 15 de julho de 2009

O nosso melhor amigo.


O tempo caminhou do meu lado.
Deu-me paciência e sabedoria.
Trouxe-me a vontade.
Levou-me a dor.
O tempo fez de mim alguém maior.
Fez de mim uma pessoa melhor.
Deu-me espaço para perceber.
Trouxe-me a liberdade.
Levou-me a tristeza.
O tempo é o meu segundo melhor amigo...

Está depois de ti!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O dia morre em mim.


Hoje cheguei a casa e pensei em sentar-me no telhado, olhei para o local onde te levei naquela noite, ainda estás lá, como em cada outro canto da casa. Juro que por vezes parece que ainda sinto o teu cheiro em mim. Fecho os olhos e consigo identificar o gosto do teu beijo, o calor do teu corpo. Sinto um vazio enorme dentro de mim. Leio e releio a tua última mensagem. Vivo-a com intensidade e suspiro profundamente. É inevitável sentir a tua falta.
Cresço por fora e mirro por dentro. Olho as fotos na parede e deixo que a brisa passe por entre os meus cabelos derrubando-me as lágrimas que teimam em correr-me o rosto. Penso e não concluo nada, perco-me num mundo que não é meu. Talvez nunca tenha sido. Visito os locais agora abandonados mas que em tempos nos aproximaram. Leio-nos à espera de encontrar um final feliz mas a realidade é cruel. Nem a música me tira deste estado. O dia morre em mim.


quinta-feira, 2 de julho de 2009

Perdidas entre as horas.


É como me sinto.
Parece que não me consigo encaixar nos momentos mortos.
Prefiro estar às aranhas com o trabalho de maneira a não ter tempo para pensar em mais nada.
Sufoco, tropeço em mim.
Perco-me em pensamentos que me deixam dormente.
Volto, respiro, mas não tarda retorno ao mesmo estado.
Ando às voltas com a zona complexa do meu ser.
Questiono vezes sem conta.
Pergunto e volto a perguntar mas não encontro respostas.
O vazio tomou conta de mim.
E já não é só ao final do dia quando me encontro no escuro, é mesmo quando me sinto inundada pela luz do dia.
É a qualquer hora.

Vou reunir o que me faz falta e tenciono partir, assim que possível…quero perder-me na estrada a caminho de nenhures. Quero seguir uma luz que me guie daqui para fora.

Quero fugir deste vazio. Cobarde? Talvez!
Mas que se lixe tudo. O cansaço tomou conta de mim e não tenho nem quero ter força para me deixar ir com a maré.

E sim, uma vez que seja, deixa-me pensar que o mundo gira em torno do meu umbigo.