domingo, 26 de outubro de 2008

O meu olhar


O fim-de-semana parece agora ter mais horas. O tempo passa a conta gotas e para poder encontrar a tranquilidade que necessito aproveito para fazer o que mais gosto. Imortalizar os momentos que capto com o olhar. Não só porque é um gosto mas também porque tu aprecias a arte que surge do meu olhar. Foste tu que me pediste para sair de máquina na mão.

Criei um novo espaço para poder partilhar estes momentos únicos.

(link no titulo)

domingo, 19 de outubro de 2008

Pintado de azul


O céu apresenta-se como uma enorme tela pintada. Nela as nuvens brancas espalham-se no azul imenso. A planar sobre o rio vê-se uma e outra gaivota. As esplanadas de marina estão cheias. Parece que toda a gente teve a mesma ideia, sair à rua para receber os raios solares de um Outono que teima em ser quente. Ouve-se o burburinho das conversas que animadamente se sobrepõem. As crianças e alguns adultos utilizam tudo o que tenha rodas, para percorrerem o passeio marítimo e a animação parece contagiar todos os que ali passam.

Sentei-me numa mesa virada para o rio e pedi um café. Enquanto fumo um cigarro absorvo tudo o que me rodeia. Gosto destes domingos, tranquilos.

Gosto ainda mais do que vem a seguir.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

5 minutos


O que são para ti 5 minutos?


Uma eternidade quando estamos à espera de algo importante.
Um salto veloz no tempo quando sabemos que estamos atrasados.
Um nó na garganta quando é todo o tempo que dispomos para visitar alguém.
Uma dor no peito quando são os últimos minutos antes da despedida.

Um sonho quando os partilharmos com a pessoa que amamos.

sábado, 4 de outubro de 2008

O cheiro da terra


Já tinha saudades deste cheiro. Do frio da noite do campo que me obriga a abraçar um agasalho. Lá fora está escuro e as estrelas iluminam o céu com o seu cintilar. Cai o orvalho sobre o verde que em breve se irá converter nos castanhos do Outono.
Não resisto e sento-me no banco da entrada. Tranquilamente fumo um cigarro. Já se consegue sentir o cheiro das lareiras que à noite são ateadas com ramos secos de um Verão que nos deixou. Os sons nocturnos são familiares e com o vento chega o cheiro da madressilva que se debruça sobre o muro da entrada. Fecho os olhos e deixo que o vento me segrede ao ouvido. Roça-me os cabelos e gela-me os ombros. Sem dúvida, o Outono chegou.

Sei que em breve estaremos juntos e é essa certeza que me deixa com o sorriso que trago comigo. Este sorriso chega de uma forma serena, chega com a mudança do tempo, que espero sinceramente que nos traga boas novas. Foi o Abril que nos deu a liberdade, foi esse o mês que nos aproximou de tal forma que hoje não me vejo sem te ter do meu lado. Estamos a crescer e neste momento, mesmo sem dar por isso, caminhamos juntos de mãos dadas, no mesmo sentido. As folhas que caem não são folhas perdidas, são folhas de um passado que nos ajuda a escrever um futuro.