domingo, 22 de junho de 2008

E não é assim a vida?

Como é possível saber concretamente o que é certo e o que é errado. Como saber se o que achamos ser o certo não é na verdade o errado se na maioria das vezes é considerado uma questão de opinião e de ponto de vista? Se assim é como saber se as decisões que tenho tomado baseadas no que eu penso ser o certo não são as decisões erradas?

Posso concluir apenas que o certo é vasto, tão vasto como o Universo em que nos encontramos. O que é certo para mim pode não ser o certo para quem está a meu lado. Logo o certo é relativo. Todas as minhas acções têm causas que não afectam apenas a mim. Uma atitude minha pode mudar a vida de terceiros. O que considero certo pode então causar o caos à minha volta.
Complicado não é?

E não é assim a vida?

sábado, 14 de junho de 2008

Santo António


Ainda tentei afastar-me do mau caminho mas é mais forte do que eu. Não resisti em vir para Lisboa nesta grande noite. Este foi talvez o ano com mais gente nas ruas.
A nossa noite começou em Alfama onde o cheiro a sardinha abafava o cheiro do tão real manjerico. As barraquinhas com o seu ar castiço vendiam de tudo e o pregão era: É tudo a 1 euro!
Cerveja para os mais expeditos e sangria para os pouco afortunados que não gostam de cerveja (eu!). Sardinhas e couratos, a bela da bifana, farturas e até tremoços, havia de tudo. Seguimos pelas ruas mais apertadas e sentimo-nos levados por um mar de gente colina acima. Paramos a caminho da Costa do Castelo, pareceu-nos que o Limoeiro era o melhor spot da noite e no meio de toda aquela confusão ainda arranjamos uma mesa e umas quantas cadeiras para os que já tinham os pés em “braza”. A noite era uma criança…

Já perto das 3 da manhã zarpamos em direcção ao Bairro, era ali que iríamos acabar a noite. Alguns menos corajosos deixaram-nos no caminho, outros saltaram do barco já em pleno BA e de um grupo tão grande ficamos apenas dois. Os destemidos, que mesmo com os pés em chagas e os olhos meio trocados, ainda ficamos pelas ruas à espera de reforços. Apareceram mais 3 ainda frescos que nem alfaces, ou devo dizer alfacinhas? Enfim…frescos de tal forma que nos levaram entre um e outro canto a rebentar de música e álcool. A noite terminou às 6h30, foi a essa hora que vimos a luz do dia.
E como uma saga nunca termina sem uma boa cena diurna fica para recordar os 3 últimos sobreviventes da grande noite, na Gare do Oriente às 7h30 da manhã, completamente esparramados nos bancos à espera do comboio que me ia levar de volta ao meu retiro espiritual.


Viva o Santo António
Viva bifana dourada
O pessoal toma vitaminas
E ainda aguenta uma noitada.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O campo traz-me calma


O cheiro da relva cortada enche-me os pulmões de um aroma estonteante. O sol parece mais forte e o chilrear dos pássaros é uma constante.
Adoro os passeios ao final da tarde, quando o calor parece ser vencido pela brisa fresca que vem do Oeste. Caminho pelo alcatrão concentrada apenas no que o meu olhar permite ver sob o horizonte. Os campos estão amarelos do trigo tratado pelo Sol. A natureza aparece na sua forma mais pura. Não há carros, nem correrias. Não há a pressão dos relógios nem o stress das multidões. Pareço perdida contudo encontro-me aqui, na imensidão do azul do céu pintado. É ao final da tarde que a brisa parece trazer os sons que nunca notamos, os sons de um campo habitado por seres que parecem não existir. Tenho calma e era isto que procurava.

sábado, 7 de junho de 2008

De férias outra vez…


Sim, é verdade…vou-me ausentar por uns dias da cidade.
Vou perder-me no campo e aproveitar este Sol magnifico.
Volto pelos Santos.
Beijos.

domingo, 1 de junho de 2008

Um canto da minha cidade

Existe um canto da minha cidade que sempre me encantou, principalmente nesta altura do ano. Passo por aqui todos os dias e reduzo sempre a velocidade para poder apreciar este tom lilás que pinta a Meia-lua.
Hoje não resisti em pegar na máquina fotográfica e captar o momento de que vos falo. Gostava que sentissem igualmente o cheiro que estas flores libertam quando se soltam dos ramos das árvores.
Este canto é mágico no entanto raramente é apreciado.
Tenho gosto de o partilhar convosco.

(clica na imagem para ver melhor)