terça-feira, 22 de agosto de 2006

Eu e o campo...enfim sós!

Estou zen! Completamente.
Não tenho de me levantar ao som do despertador do telemóvel, tomo o pequeno-almoço no jardim, com muita calma, ao som dos passarinhos onde corre uma brisa matinal, fresca, que transporta o cheiro da Madresilva que cresce junto ao muro que rodeia a casa. Sem pressa, posso apreciar a esta hora da manhã o pão quente, cozido a lenha, em comunhão com a família.
As horas que se seguem são igualmente tranquilas, entre os mergulhos refrescantes na piscina e salpicos entre os livros e a música. Faço o que gosto sem o sentido de obrigação ou constrangimentos temporais.
O almoço é sempre leve e animado…temos por habito debater alguns assuntos do dia em volta da mesa. Gosto disso! Venham os temas, tudo menos política (odeio discutir política…é um mundo hipócrita).
A tarde…oh a tarde é fabulosa…faço a sesta!
Sim, eu faço a sesta quase todos os dias. Basta fechar as cortinas para tornar mais escuro o meu ninho e lá estou eu, de papo para o ar a meditar alguns minutos sobre estes grandes momentos. Não demoro a dormir e não é um leve “passar pelas brasas” pois chego a sonhar.
Só me atrevo a sair à rua ao final da tarde…quando o sol está mais fraco e o vento se sobrepõe soprando ao de leve.
A piscina é novamente o meu local de eleição, dividindo agora o meu tempo entre o jardim e a bricolage. Gosto de caiar o muro, arrancar ervas daninhas, ajudar na decoração…não é fácil…moldar o que está sempre em crescimento. A minha grande companheira nestes “trabalhos forçados” é a minha mãe.
Como eu aprecio estes momentos familiares, acho que é da idade!
O jantar é pouco significativo visto que por aqui se como qualquer coisa, nada de sofisticado, digamos que é a refeição mais ligeira. Muitas vezes vamos a pé até ao café, caminhando por entre os campos repletos de melão, meloas, melancias, pimentos e tomate. Mas o que me dá mesmo muito prazer é passar pela figueira abandonada ao pé da estrada, em terra de ninguém, ou alguém que simplesmente não marca posse. É uma arvore dotada do seu fruto que emana um cheiro doce e intenso que me faz crescer água na boca. O café da mais perto é o mais típico possível. Os visitantes mais frequentes são as moscas, os velhos, e note-se que respeito esta palavra e não a banalizo, ficam sentados, pensativos, bebendo a típica agua das pedras, ou a cerveja fresquinha que vão sorvendo em golos pequenos, para que o prazer se entenda por mais tempo. A “dona da casa” serve-nos com o carinho que se torna raro na cidade. Tudo aqui é mais pequeno, mais acolhedor. É um ambiente familiar. A Beatriz adora as nossas idas ao café, onde é presenteada, quando se porta bem (claro!), com um gelado fresquinho.
Acabo a noite a contemplar o céu estrado, as estrelas aqui parecem mais brilhantes, mais destacadas no negrume. Só se ouvem os grilos e aqui e ali uma coruja que se atreve a desafiar o silêncio. Mais uma vez, as conversas surgem…sentamo-nos na parte da frente da casa…lugar onde se sente mais fresco a esta hora. Ontem falávamos em Ovnis e novas descobertas espaciais.
Aqui o tempo passa mais devagar…tranquilamente!
Como diz a minha filha: Ah senhores, isto é que é vida!

3 comentários:

  1. De facto é um comentário da Beatriz, se bem que a Catarina é que me pegou a do "oh senhores" e eu peguei à minha filha...mas temos que concordar que de facto isto é uma rica vida...enquanto não me sai o euromilhões lol
    Não te stresses, não vale a pena, leva as coisas com calma.

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  2. Beijinhos a todos...ai k bem me estava agora ai na pool a shxuápár!!!!!

    beijocassss

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  3. Cm é bela a vida no campo! Os cheiros as cores a simplicidade e ao mesmo tempo a riqueza daquilo que é autentico e verdadeiro. Boas ferias!

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