sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

A saudade



Sinto que mesmo antes de partires, já uma saudade que me corrói a alma, que me enfraquece o espírito. Sei que depois vai ser como um luto que nos cobre o olhar de negro e não deixa transparecer a vida.
Magoa saber que no fundo nunca estiveste aqui, do meu lado… ilusão a minha, quando por vezes, ao sentir o teu corpo, te considerava ali, presente, como se fosses meu.
Nunca te tive pois não?
Fazes-me falta, não digo que não, mas não faria sentido pedir-te para ficares. És como o vento, ora aqui, ora ali, para ti nenhum paradeiro é definitivo, tudo é temporário. Não vives, como eu, agarrado a um batalhão de sentimentos.

O que sinto, e não minto, é vontade de te esquecer…
Serás apenas a fotografia ao lado da minha insónia.
Uma memória que me segreda no escuro, aquilo que nunca existiu… que me faz adormecer…mas não esqueço a voz , pois o teu silêncio esmaga-me.

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